A ATENÇÃO FARMACÊUTICA NA PREVENÇÃO DO CÂNCER DE PELE Luiza Ferreira da Silva Fonseca, Rafaela Cordella Alfredo, Valter Garcia Santos

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Resumo

A pele é o maior órgão do corpo humano e possui inúmeras funções fisiológicas. O câncer de pele é um dos tipos de câncer mais evitáveis, com fatores de risco bem estabelecidos, porém é o mais frequente no país. No Brasil, ocorreram, em 2020, 2.653 óbitos de câncer de pele não melanoma: com risco de 1,48 morte por 100 mil homens, e 1,03 morte por 100 mil mulheres. Para prevenir os danos cutâneos causados pela radiação UV, os protetores solares foram desenvolvidos. Os objetivos deste trabalho foram: (i) avaliar o grau de conhecimento da população acerca do tema; (ii) demonstrar a importância da atenção farmacêutica na prevenção do câncer de pele. Trata-se de uma pesquisa quantitativa onde foi aplicado um questionário contendo 14 perguntas de múltipla escolha tendo como público-alvo moradores de municípios da Baixada Santista no Estado de São Paulo. Ao final do trabalho foi elaborado um folder educativo sobre o tema afim de promover a conscientização da população sobre o câncer de pele. O trabalho foi submetido ao Comitê de Ética da UNISANTA e aprovado dentro dos princípios éticos e da legislação vigente sob o número 77681124.8.0000.5513.  Diferenças no conhecimento e comportamento de risco foram encontradas, sendo que 30,72% (n=51) utilizam protetor facial diariamente; 62,05% (n=103) utilizam protetor corporal somente quando vão a praia ou piscina; 91,57% (n= 152) se preocupam com a doença e 51,20% (n=85) não souberam responder se o risco de câncer de pele é maior na infância ou na vida adulta. Embora os riscos relacionados à exposição solar sejam principalmente conhecidos, a não reaplicação do protetor é relatada por 64,46% (n=107) dos participantes, sendo que 78,31% (n=130) responderam incorretamente a diferença entre os fatores de proteção solar. Cerca de 56,02% (n=93) informaram conseguir identificar manchas ou sinais característicos da doença, sendo os mais apontados manchas escurecidas 32,82% (n=127), feridas que não cicatrizam 20,16% (n=78) e lesões que coçam e ou sangram 19,90% (n= 77). Estudos indicam que grande parte dos melanomas é descoberta acidentalmente pelos próprios pacientes ou seus familiares, mostrando a importância de conhecerem sua pele e estarem atentos a algumas mudanças. As intervenções farmacêuticas podem orientar na realização do autoexame da pele e ajudar na detecção precoce do câncer de pele. A partir dos dados levantados no presente estudo foi possível observar o grau de conhecimento da população estudada, pode-se notar diferenças entre a informação e comportamentos de risco, fatores como a ausência de reaplicação do produto e informação sobre as diferenças nos níveis de proteção são frequentemente desconhecidos. O uso de protetor solar é de suma importância para a prevenção do câncer de pele. O farmacêutico tem importante papel na promoção da educação sobre proteção solar, seja falando sobre os riscos da exposição solar sem proteção ou esclarecendo sobre a diferença entre os protetores disponíveis no mercado e sua frequência de aplicação.

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Artigos