Desenvolvimento colaborativo do Plano de ensino Individualizado de uma criança autista - Estudo de caso
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Resumo
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) manifesta-se de diferentes formas, dependendo das habilidades e desafios da criança, especialmente no que diz respeito à comunicação e à interação social, além de possíveis comorbidades, como transtorno do desenvolvimento intelectual, distúrbios do sono e seletividade alimentar, entre outras. Por lei, crianças com TEA têm direito ao Plano de Ensino Individualizado (PEI), um documento que orienta sua trajetória escolar e deve ser elaborado em parceria com a família e uma equipe multidisciplinar. Este estudo teve como objetivo explorar a possível contribuição clínica para o desenvolvimento do PEI escolar com base na avaliação ABLLS-R, identificando dados relevantes que possam compor o plano e avaliando a necessidade de adaptação de conteúdos. A pesquisa utilizou o método de estudo de caso, com base em dados quantitativos e qualitativos obtidos por meio do protocolo ABLLS-R, ferramenta criada por James Partington e Mark Sundberg que avalia 544 habilidades. O sujeito do estudo foi uma criança de 8 anos diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (CID-10: 6A02.5) aos 2 anos e 4 meses, apresentando também as seguintes comorbidades: Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), epilepsia e transtorno do desenvolvimento intelectual. Concluiu-se que o desenvolvimento colaborativo do PEI é essencial para a inclusão de crianças com TEA e para a personalização do ensino, por meio de materiais adaptados individualmente que aproveitem o hiperfoco de cada criança.