COMPORTAMENTO, MOTOR DA EVOLUÇÃO: DE LAMARCK À FENOCÓPIA PIAGETIANA

Vladimir Stolzenberg Torres

Abstract


Quatro teorias concorrem para explicar o processo de evolução; o Lamarckismo ancorado na filosofia tomista, o Darwinismo com a seleção natural, a Teoria Sintética que localiza o determinismo estrutural dos sistemas vivos em sua estrutura genética, e a Deriva Natural que resgata a importância da conduta para o processo evolutivo. Neste contexto, o presente estudo procura analisar o comportamento, enquanto motor da evolução, em contexto com a fenocópia piagetiana como algo aceitável, ou não. Uma análise mais aprofundada dos aspectos que envolvem tais teorias, especialmente os aspectos considerados por Piaget para caracterizar a fenocópia, bem como registros do comportamento de crianças criadas por animais, revelam que a fenocópia piagetiana nada mais é do que a expressão de um “dispositivo” biológico de sobrevivência para tentar “salvar” a espécie, sendo fruto, não de aspectos comportamentais e sim de condições de stress extremo. O comportamento, neste caso, representa a manifestação estereotipada de uma perturbação exógena. O presente artigo representa, desta forma, uma “resposta” ao Livro “Comportamento Motriz da Evolução” de Jean Piaget e sua teoria cognitivista (e não psicológica!) relacionada ao construtivismo e a forma pela qual o conhecimento é construído.

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